quinta-feira, 16 de junho de 2016

Gabriela Aparecida Alves

Gabriela Aparecida Alves
Gabriela Aparecida Alves, 09 anos, saiu de sua casa localizada no bairro Cornélio Pires, em Tietê-SP, na manhã do dia 28/05/2015 para deixar seus dois irmãos menores na creche. Ela deixou-os na creche, mas na volta para casa desapareceu.

Gabriela foi vista pela última vez na rua onde mora
Moacir da Cruz, vizinho da vítima, disse que a viu na rua de sua casa conversando com um homem que estava dentro de um carro Volkswagen Gol modelo antigo, cor vermelha, vidros escurecidos e com rodas pretas.

Em entrevista ao G1, Moacir lamentou: “Eu saí na rua e vi o carro parado e a menina perto do carro. Achei meio suspeito, mas quando me aproximei do carro o cara estava lendo um papel, então, imaginei que fosse um cobrador ou ambulante. E como não tinha ninguém na rua, eu pensei que estivesse perguntando por informações”.

O veículo descrito foi flagrado pelo circuito de segurança enquanto saía da cidade rumo a Piracicaba (SP), conforme informou o delegado responsável pelo caso, Fernando César dos Reis.

Uma adolescente de 13 anos informou a polícia que minutos antes do desaparecimento da Gabriela, também foi abordada por um carro com as mesmas características. Ela descreveu o suspeito como “pardo, de cabelo preto e usando roupa cinza” e ele pediu que ela entrasse no carro para mostrar o caminho da rodoviária.

O quarto de Gabriela é mantido da mesma forma desde que desapareceu
Quatro dias depois, na segunda-feira (01/06), o suspeito de ter raptado a menina foi preso. Ele foi reconhecido por duas testemunhas. O carro dele que supostamente foi usado no sequestro também foi apreendido.

Ainda segundo o delegado Fernando Reis, o suspeito apresenta sinais de psicopatia: “Ele é muito inteligente e perspicaz, apesar da pouca escolaridade. Além disso mostra frieza diante da prisão. São indícios de psicopatia, até porque o crime de rapto é normalmente cometido por essas pessoas”, afirma. (Entrevista ao G1 no dia 17/06).

No dia 01/07, um mês após ser capturado, o suspeito foi encontrado morto dentro da sua cela. Segundo a Polícia Civil, ele morreu enforcado com um lençol da cama da cela onde estava. Antes de se suicidar, o homem escreveu um bilhete alegando ser inocente.

Conforme mencionado anteriormente, o carro do suspeito foi apreendido e durante a perícia foi encontrado uma quantidade relativamente pequena de sangue. A polícia chegou a coletar amostra de sangue da mãe da menina, contudo, o exame de DNA foi inconclusivo, pois a quantidade de sangue encontrada foi insuficiente para determinar sua origem. O delegado do caso informou que, embora inconclusivo, o sangue encontrado é humano. (Matéria publicada em 17/11/2015).

Lucinéia Cristina da Silva, mãe da Gabi
A mãe de Gabriela, Lucinéia Cristina da Silva,  desde o desaparecimento da filha tem passado por atendimento psicológico.

“Estou nervosa, querendo encontrá-la, preocupada. Não sei onde está, o que está passando, na mão de quem está. Só quero vê-la.
Na casa, todos as coisas da Gabi permanecem como ficaram desde o seu desaparecimento. A mãe relatou estar angustiada por não saber se a filha poderá voltar a usá-las.

Com o fim das investigações sobre o desaparecimento da Gabriela Aparecida Alves, a polícia não soube informar se ela está viva e se foi vítima de abuso ou exploração sexual. A mãe relatou seu descontentamento com o fim das investigações, mas disse que não desistirá de encontrar sua filha. “Como assim encerrar sem corpo, sem nada da menina? Não tem lógica o que estão fazendo. Acho uma desfeita, e nunca vou aceitar porque é minha filha, é uma criança“, reclama.

Em uma atividade realizada pela psicóloga Susana Marta Catai com os alunos da classe da Gabriela, eles puderam demonstrar através de desenhos o que sentem perante o desaparecimento da colega de classe. “As crianças têm a oportunidade de falar sobre o que sentem, o que têm medo. E isso é compartilhado com o grupo todo, estamos sentindo na pele a desumanidade e tentando restaurar a humanidade pela Justiça Restaurativa” Disse a psicóloga em entrevista ao G1.

Colega de classe desenhou a Gabi retornando para casa
Como já dizia Gonzaguinha, "eu fico com a pureza das respostas das crianças" e acredito que Gabi ainda retornará para casa.

A polícia já encerrou as investigações, contudo, não deu uma resposta para essa família.

Qualquer informação sobre a Gabriela Aparecida Alves, disque 100 (Direitos Humanos), 190 (Polícia Militar) ou 181 (Denúncia).

* Fotos retiradas do Portal G1.

 

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