sexta-feira, 24 de junho de 2016

Emivaldo Brayan Passos da Silva

Emivaldo Brayan Passos da Silva
No dia 04 de março de 2014, numa noite de terça-feira, Silmara Borges da Silva, mãe do Emivaldo, colocou o menino para dormir. Em casa, localizada no município de Indiara-GO, além do menino e sua mãe, estavam também seu padrasto e sua irmã mais velha de seis anos.

Criança continua desaparecida
Até então, nada de estranho. No dia seguinte, quarta-feira de manhã, a irmã do Emivaldo notou que ele não estava na cama e avisou sua mãe:  “Mãe, o Emivaldo não está na cama". A princípio, a mãe não estranhou o fato e procurou o menino por tudo quanto era canto da casa, mas não o encontrou.

O padrasto das crianças, Luís Paulo da Costa Batista, saiu cedo para trabalhar e percebeu que a porta da casa estava semiaberta, mas pensou que sua esposa tivesse esquecido e apenas encostou e saiu.

A única coisa que a família sentiu falta após o desaparecimento do menino foi de um dos controles que abrem o portão da casa.

Após três dias de buscas, o Corpo de Bombeiros suspendeu as buscas pela criança. As buscas foram realizadas por sete bombeiros e auxiliadas por cães farejadores.

A avó da criança, Sirlene Borges de Morais, acusa sua filha, Silmara Borges, e seu genro, Luís Paulo de terem desaparecido com o Emivaldo. Ainda segunda ela, o genro batia no menino e a mãe consentia. Mãe e filha chegaram até a brigar na porta da delegacia.

A  Polícia Civil de Goiás determinou, um mês depois do desaparecimento, a realização de uma avaliação psicológica dos familiares (Mãe, padrasto, avós e irmã) do Emivaldo com o objetivo de esclarecer os motivos do caso.

Mais tarde, mãe e padrasto viriam a ser considerados os únicos suspeitos do desaparecimento do menino, pois para o delegado de Indiara, Queops Barret, não teria como o menino sair sozinho de casa e sim que teria sido levado por alguém. Destacou ainda que o menino vestia apenas uma calça quando desapareceu entre as 22h e 5h e chovia na ocasião, o que reforça a ideia de que ele não sairia sozinho.

Mãe e padrasto do Emivaldo
Em julho, os suspeitos foram submetidos a uma entrevista com o detector de mentiras afim de esclarecer algumas contradições nos depoimentos.

O detector de mentiras descartou a participação da mãe. “O laudo psicológico apontou que ela é passiva e submissa ao marido, mas, segundo o detector, ela não mentiu ao afirmar que não sabe o que aconteceu com o filho”, completa o delegado em entrevista ao G1.

Ainda de acordo com o detector de mentiras, o padrasto mentiu ao afirmar que tinha um bom relacionamento com o Emivaldo, que não batia nele e que não sabia o que havia acontecido com o menino.

Em entrevista ao Portal de Notícias G1, o Promotor de Justiça do caso informou que “Esse detector, no nosso sistema jurídico, não tem valor probante. Ele serve como um indicativo para que a polícia continue as investigações e adote alguns procedimentos. Então ele não tem valor. Se tivesse, seria muito fácil, pois a gente o aplicaria em todos os casos e teríamos um resultado muito mais rápido."

No mês de agosto de 2014, a guarda da irmã mais velha de Emivaldo foi cedida provisoriamente a avó materna, Sirlene Borges, da criança. A avó alegou que convivendo com a mãe, a menina também poderia desaparecer. (Não tenho notícias atualizadas para informar a vocês se a guarda continua com a avó).

Após sete meses de investigação, em outubro de 2014, o padrasto do Emivaldo foi indiciado pela Polícia Civil de Goiás por homicídio e ocultação de cadáver da criança, embora o corpo nunca tenha sido localizado.

Para o delegado do caso, a relação conturbada com o enteado, a perícia feita na casa e no carro do suspeito comprovando que ninguém estranho entrou no imóvel, que não sofreu arrombamento, e o uso de um aparelho detector de mentiras, foram primordiais na produção de provas contra o padrasto. (Paragrafo retirado do Jornal O Popular).

No mês de novembro de 2014, no entanto, o Ministério Público pediu o arquivamento do inquérito policial que investigava o caso do desaparecimento do Emivaldo Brayan Passos da Silva. Para o promotor do caso, Milton Marcolino, não há indícios suficientes para incriminar o padrasto.

“Neste caso não temos a materialidade do crime e muito menos os indícios de autoria. O corpo da criança não foi achado, muito menos vestígios ou qualquer tipo de prova que indique que esse menino tenha sido morto. Por exemplo, a perícia feita na casa e no carro da família sequer encontrou uma gota de sangue”, explicou o promotor em entrevista ao G1.

No dia 22 março de 2016, foi encontrada uma ossada em uma mata, no setor Bela Vista em Indiara-GO, município onde o garoto desapareceu. Ela será submetida a perícia onde, através de exame de DNA, dirá se é nosso pequeno desaparecido ou não.

O médico da cidade esteve no local e informou a equipe policial que a ossada parece ser de uma criança. A policia técnica cientifica está fazendo todo levantamento possível para identificar a ossada.

Infelizmente, o site que revelou a achada desta ossada não deu mais informações e não sabemos se o resultado da perícia já ficou pronto. Ao que tudo indica, parece que não, pois senão teriam informado.

Enquanto isso, continuaremos divulgando o caso do Emivaldo Brayan com a esperança de ainda localizá-lo com vida.


Qualquer informação sobre o Emivaldo Brayan Passos da Silva, disque 100 (Direitos Humanos), 190 (Polícia Militar) ou 181 (Denúncia).

11 comentários: